Editora Leya

Resenha: O inverno das Fadas — Carolina Munhóz

domingo, novembro 01, 2015

Título: O inverno das Fadas
Autor (a): Carolina Munhóz
Gênero: Romance / Fantasia 
Editora: Leya / Fantasy Casa da Palavra. 
Número de Páginas: 304
Ano de Publicação: 2012
Skoob: Adicione 
Classificação: 3/5 ♥ 

Sinopse: EXISTEM PESSOAS NORMAIS em nosso planeta. Homens e mulheres simples que nascem e morrem sem deixar uma marca muito grande ou mesmo significativa na humanidade. Mas existem outros que possuem talentos inexplicáveis. Um brilho próprio capaz de tocar gerações. Como eles conseguem ter esses dons? De onde vem a inspiração para criar trabalho maravilhosos? São cantores com vozes de anjos, artistas com mãos de criadores e escritores imortais.

Existe uma explicação para isso.


Sophia é uma Leanan Sídhe, uma fada-amante, considerada musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e inspirar um homem a escrever um best-seller ou criar uma canção para se tornar um hit mundial. A fada dá o poder para que a pessoa se torne uma estrela, um verdadeiro ícone, ao mesmo tempo em que se aproveita da energia do escolhido para alimentar-se.



Causando loucura.


E MORTE.




RESENHA


A história nos leva a um mundo de fantasia através de Sophia e William, ela uma fada, ele um humano talentoso. Ambos vitimas de um destino que insiste em separa-los. Sophia é uma Lenan Sidhe, uma fada cujo destino é matar, para sobreviver ela precisa sugar a vida de seus escolhidos afinal é através disso que ela sobrevive, a vítima da vez é o aspirante a escritor William, um jovem simplório que vive em um pacato lugar, com uma vida monótona e cheia de rotina. William é escolhido por membros de sua cidade para representá-la em um concurso literário, o jovem começa empenhar-se em seu novo projeto e a partir daí conhece Sophia, cujo único objetivo é inspirar William e levá-lo ao ápice do sucesso. 

A princípio o rapaz desconfia de sua sanidade mental ao encontrar com o ser feérico que ronda sua mente e sua vida, depois os dois engatam um romance repleto de necessidades, com a mesma intensidade de paixão a também a urgência pela sobrevivência, Sophia ao criar vínculos de intimidade com o escritor nota que ele é diferente de suas outras presas,  ele exerce mais poder sobre a Sídhe do que jamais qualquer outro conseguirá o que a deixa em alerta, a história se passa em dois mundos o fantástico e o humano.






Sophia vive um tempo com William no mundo humano como sua namorada, a partir desse momento a história vai tomando forma e acompanhamos o amor e as perdas do casal. A história dos dois parece impossível de ter um final feliz e o leitor se pergunta como tudo terminará. O que posso garantir é que a trama passa longe da premissa Romeu e Julieta.

Outros personagens secundários ocupam e preenchem com maestria cada pedacinho da trama, e a encorpam de maneira a estimular a leitura e torná-la dinâmica e cheia de aventura.

O texto é narrado em terceira pessoa e ainda assim é possível criar uma conexão direta com os personagens de forma íntima e próxima.








No decorrer do texto podemos perceber que Sophia poderia ser uma ótima representação do dinheiro no mundo de pessoas ambiciosas, onde tudo os leva ao caminho do abismo inevitável. Ao contrário do que possa parecer a fada é um ser bom, apenas com pequenos pontos egoístas, não porque faz parte de sua personalidade, e sim por ser de sua natureza, espécie, estar em seus genes. Afinal ela é uma Sídhe.

No livro acompanhamos várias menções a grandes artistas mundiais que acabaram em um trágico destino que os levará a morte. Segundo a trama eles foram vítimas de Sophia e de seu feitiço.
 Isso era o que fada deveria fazer com seu  novo escolhido Willian, jamais estava em seus planos se apaixonar a ponto de por seu destino em suas mãos.


Sophia é órfã, e assim como ela, seus pais viveram um amor proibido e com um final que lhes custou a vida. A moça é criada pelo seu avô, que é uma autoridade em seu mundo, o velho é governador do reino onde vive, aparentemente é um homem bom e de bons sentimentos, mas muito racional e as vezes aparenta certa frieza.





Em resumo a trama trata da história de amor entre uma fada e um humano, tem uma premissa de romance, na verdade é um romance, mas não acredito que seja um livro unicamente para os amantes do gênero pois vai além disso. As cenas são bem escritas a cada página virada encontramos uma nova emoção, sem deixar de notar a sutiliza e delicadeza dos fatos narrados de maneira envolvente e cativante pela autora Carolina Munhóz.










Ela tinha o poder de fazer qualquer homem ou mulher com dons artísticos ser o melhor de sua época, em um estalar de dedos. E quando o humano se encantava, a Leanan tirava proveito e pulava para o próximo, porque nunca se prenderia a alguém. Se apaixonar parecia um grande risco para uma criatura como ela. 





Em alguns momentos não me sinto uma fada, vovô!  — disse a Leanan, ainda engolindo o choro engasgado. — Vejo garotas como Lorena, fadas lindas do bem, cuidando da humanidade, e não consigo me comparar a elas. Pareço mais uma vampira com asas. Não sei mais se mereço viver. 








Sempre foi de assistir a muitos filmes produzidos pelos humanos, na maioria histórias de amores proibidos ou secretos. Ela achava muito bonita a forma como os mortais se amavam, compartilhando suas vidas pela eternidade. Algo que uma fada, elfo ou Leanan nunca iria entender. Essa dependência, o desejo de controlar ou ser controlado pelo outro, tudo com o objetivo de permaneceram juntos até o fim de suas vidas, qual tempo fosse. 






O romance com William tornava-se algo muito mais intenso do que Sophia imaginava ter. Aquilo era preocupante. Envolver-se demais com um homem nunca seria um bom sinal. Todas as mulheres que mergulham a uma paixão acabam batendo com ela no fundo do poço. Porque era isso que a aguardava: sofrimento. E a dor da rejeição final. Por isso, Sophia não queria todo o romance. Ela sabe que não pode ficar com aquele homem. Por mais incrível que ele pareça ser. 







— Senhores, estou confuso sobre um aspecto muito importante na minha pesquisa. Deparei-me com uma palavra estranha.  — Diga a palavra querido! A palavra é Leanan. Ouvi sobre essa palavra muito tempo atrás, quando cheguei a essa cidade. Mas o que significa essa palavra? O que ela tem haver com satanás? — Perguntou William aflito e curioso. O padre respirou fundo e disse: No folclore celta, Leanan Sídhe é uma bela mulher do povo das fadas, que sempre possui um amante humano. Ela é inspiração para  este humano, geralmente um artista. No entanto, ele é dominado pela loucura, e tem uma morte precoce. 


















































































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