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Resenha — O Mestre das Cordas, Philippe Alencar

segunda-feira, maio 30, 2016

Livro: O Mestre das Cordas
Autor: Philippe Alencar
Editora: Arwen - Cortesia
Páginas: 342 - Ano:  2016
Gênero: Ficção / Fantasia / Aventura
Onde comprar: Site
Nota: 4/5 ♥

Sinopse: As terras de Arkandur formam o último continente; o único lugar onde a humanidade perseverou e vive em paz com os sábios conhecidos como magos. No entanto, tudo muda quando rituais necromânticos começam a espalhar caos e horror em todos os três reinos, fazendo com que os magos sejam temidos ao invés de admirados. Os reis, receosos e pressionados por seus pequenos conselhos, decidem assinar a lei que proíbe permanentemente a prática de magia. Os magos são caçados não somente pelas tropas reais, mas também pela sombria cavalaria da Justiça Armada Noturna, cujas espadas são tão gélidas quanto suas almas. Mas, dentre os poucos sobreviventes, surge Barton: um bardo capaz de tornar os sons do mundo em sua fonte de magia. Submerso em melancolia após presenciar o assassinato de sua esposa pelas garras dos cavaleiros negros, o bardo vê um novo destino à sua frente quando um velho amigo o recruta para uma perigosa jornada, e juntos partem em busca da verdade por trás da sombra nefasta que devora o mundo. Atendendo ao chamado, o músico compreende a vida como uma melodia, cabendo a ele regê-la. Porém, muitas surpresas estão guardadas ao longo das escalas musicais que ele terá de desvendar para reencontrar a si mesmo, onde cada nota poderá surgir como um aliado... ou um algoz. Uma canção em que deuses e demônios ditam as regras, e humanos e magos clamam para si o direito de reescrevê-las.


Resenha

A trama acontece no reino de Arkandur, onde misteriosas mortes e cadáveres marcados por estranhos símbolos malignos são encontrados no que parece um macabro ritual de magia negra. O ponto de interrogação logo no início é: Quem fez isso, Quem foi o assassino? Seria um mago? Por qual motivo?

Antes de tais acontecimento magos eram seres enaltecidos por reinos e nobres, eram convidados para formar parte do conselho real tamanha sua importância. Após os fatos macabros e diversas catástrofes, além de mortes inexplicáveis, atos que foram atribuídos aos magos, um a um passou a ser caçado como feiticeiro maligno por reino e sociedade. Desse modo, muitos morreram e os poucos sobreviventes não podem andar livremente, saem pouco e quando fazem devem sempre estar disfarçados, tarefa fácil durante o dia, mas a noite são facilmente encontrados pelos membros caçadores, denominados "justiça armada noturna", um grupo alimentado pela corte de reinos, não possuem rostos ou formas, e subentende-se como espectros, visto que magos eram considerados demoníacos, possuíam poderes místicos usados para o mal. Crença fomentada pelo clero dos reinos a fim de continuar sua caçada aos misteriosos seres.

Três magos saem em busca de respostas para os acontecimentos inexplicáveis com a finalidade de desfazer a imagem criada sobre magos frente a sociedade, seguem os passos deixados por Rorgarth, "mago supremo" e fundador do clube dos seis, entidade dedicada a proteção e ensinamentos de magos. Aldesfer o mago do fogo é o mais velho dos três, Irvin o druida e Barton, o bardo. Ambos fazem parte da irmandade secreta dos magos, segundo Rorgarth, essa maldição que cai sobre os magos é obra de Necromante Imortal. Diz a lenda que o Paladino derrotou o Necromante e o aprisionou em seu grimório. O plano é encontrar o grimório onde o espírito do Necromante esta aprisionado e destruí-lo. Mas será difícil, já que nem o Paladino conseguiu isso. Os três magos seguirão por caminhos distintos em busca de pergaminhos mágicos, cada um terá uma missão especial.

A história tem uma mistura de fantasia, ação, aventura e mensagens "ocultas". Ah, ótima notícia aos amantes de dragões, sim, eles estarão no livro.

Como mensagem o autor deixa muitos pontos para reflexão, por exemplo: comportamento humano, misticismo, barreiras de preconceitos e conceitos, lutas, dentre tantos outros pontos importantes.

Adorei o livro, muito recomendado, com certeza pretendo adquirir em formato físico. Não tenho (ou melhor, não tinha) o habito de ler algo muito fora da minha zona de conforto, confesso, porém, comecei a não limitar meu campo literário, sair de um único estilo muitas vezes extremamente optativo por mim me fez dar a oportunidade para conhecer obras interessantes e histórias realmente muito boas. Gostei do enredo, achei a escrita do autor fluída, pontos bem amarrados, e uma boa história, repleta de ação e aventura, leiam sem dúvida.


Trechos / Curiosidades



"Há quatro tipos de fogo. Além das chamas comuns, existem aquelas advindas do submundo. As verdes não queimam o corpo, mas atormentam a alma." 
Layout original por: Kjpargeter


na íntegra a ilustração da batalha do Pântano Amaldiçoado, capítulo importantíssimo para a trama de O Mestre das Cordas. Na imagem, vemos o grupo de aventureiros enfrentando a iníqua criatura que habita o desolado pântano, nas terras que separam o continente de Arkandur da costa oeste, onde o Paladino de Aznaur edificou a Fortaleza do Sol e da Lua. A arte é assinada pelo Daniel Bogni.


Os olhos são chamas azuis, apenas um infinito negro no lugar do rosto, suas lâminas são frias, mas suas almas são mais. Os cavaleiros da Justiça Armada Noturna não descansarão enquanto não tiverem aniquilado todos os feiticeiros de Arkandur! 


Para muitos, o Paladino era um santo; uma entidade quase tão magnificente quanto um deus. Foi ele quem liderou as tropas de guerreiros e magos que expulsaram os demônios. Ele era o Novo Salvador e estava disposto a manter o mundo a salvo, exigindo apenas uma coisa...


"Enviado pelos Seis Guardiões para aniquilar as hordas demoníacas que assolavam o mundo, O Paladino atacava com sua prateada espada da Lua e defendia-se dos algozes com seu dourado escudo do Sol. Chamado por muitos pela alcunha de Novo Salvador, o descendente dos deuses recrutou um exército santo e baniu as criaturas assombrosas. Então houve paz. Mas havia um preço a se pagar, pois o herói demandava que todas as crenças e culturas antigas tinham de ser esquecidas, apagadas da memória do povo. Era o início de uma nova era, e o Paladino estava determinado a ser o Rei do Mundo.
Até que um grupo de rebeldes, liderados por um bardo, resolveu intervir, e a canção mudou de tom..."
O Paladino de Aznaur é a figura religiosa central da trama de O Mestre das Cordas. 
Arte não-oficial ilustrada por Director-16. Todos os direitos sobre a imagem reservados ao artista


"O General Apodrecido envergava uma armadura corroída, um trapo repicado pendia das costas como capa, a arma era uma espada enferrujada numa bainha repleta de runas. Tudo definhava à volta dele. Estar na presença dele era como estar diante da morte."
Arte não-oficial, todos os direitos ao artista.


Arte oficial. Desta vez o destaque é a dupla de magos mais famosa de Arkandur! Aldesfer, o mago do fogo, e Irvin, o druida. Os dois prometem combinar os seus feitiços para enfrentar os perigos que virão pela frente.



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