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Resenha: O hipnotista - Lars Kepler

terça-feira, julho 15, 2014



Sinopse: O massacre de uma família nos arredores de Estocolmo abala a polícia sueca e deixa apenas um sobrevivente: o filho de 15 anos, em estado de choque. Desesperado por identificar pistas do assassino antes que outros crimes aconteçam, Joona Linna, o detetive que exige fazer a investigação, recorre ao psiquiatra Erik Maria Bark – especialista em pacientes psicologicamente traumatizados, que utilizava a hipnose como meio de acessar lembranças de episódios violentos.
Por ter abandonado essa pratica há dez anos, Dr. Bark hesita antes de concordar em hipnotizar a vítima e sua decisão tem consequências terríveis...

O hipnotista é o primeiro livro que acompanha as investigações do detetive Joona Linna. A estória é um thriller psicológico. Quando uma família é massacrada em Estocolmo e somente o filho de 15 anos sobrevive, o detetive Joona Lina exige ficar com o caso. Como o único sobrevivente esta em estado de choque,  e o detetive esta desesperado para encontrar pistas que o levem ao assassino, ele recorre ao Dr. Erik Bark pedindo que ele hipnotize o garoto.
Erik Bark é um psiquiatra especializado em pacientes com traumas psicológicos graves, que no passado utilizava da hipnose passa acessar memórias de seus pacientes e que há dez anos prometeu nunca mais hipnotizar ninguém. Ele reluta em aceitar ajudar o detetive Lina, porém quando se descobre que a irmã mais velha possa estar viva, Bark aceita hipnotizar o garoto, uma nova história começa a se desenvolver no livro.
O livro é estruturado em 110 capítulos, nos quais o autor intercala a visão dos fatos entre os personagens principais, com isso conhecemos um pouco mais de cada personagem, especialmente o passado de Erik. O fato de o livro ser estruturado dessa maneira requer bastante atenção do leitor para não se perder durante a leitura, e fazer associações entre as passagens.
No começo tive dificuldade em engatar a leitura, pois não sou fã de thrillers, mas com o tempo o livro me fascinou e ficava ansiosa para lê-lo novamente, e agora estou desejando o segundo volume da serie, que foi lançada há pouco tempo no Brasil com o nome “Pesadelo”. Só não gostei do fato do passado de alguns pacientes do Dr. Erik não foram revelados e eu fico me remoendo tentando adivinhar o que aconteceu com eles que os deixaram severamente traumatizados, fora isso o livro é excelente.
Alguns trechos pra vocês terem um gostinho do livro:
“E foi o poder dos grupos, que o estimulou em sua profissão. Ele havia tentado entender por que, juntas, as pessoas que sobreviveram á guerra achavam muito mais fácil lidar com seu trauma do que aquelas que enfrentaram o mesmo tipo de provações sozinhas. Queria descobrir por que um grupo de indivíduos torturados, estuprados ou que havia testemunhado o assassinato de suas famílias era capaz de curar suas feridas com menos dificuldade do que indivíduos que sofreram sós. O que acontece dentro de um grupo que nos cura? Será o fato de se ver refletido  no outro, o contato, o retorno á vida normal, ou será, pura e simplesmente, a solidariedade ?” pag. 249
“O passado não esta morto, não é sequer passado”, eu dizia com frequência, citando William FauLkener. Queria dizer que todas as pequenas coisas que acontecem ás pessoas permanecem com elas por toda vida. As experiências influenciam cada uma de nossas escolhas, no caso de experiências traumáticas, o passado ocupa quase todo o espaço disponível no  presente.” Pag.300
"Há duas coisas que ele odeia, pensa, olhando para a pasta. Uma é desistir de um caso, se afastar de corpos não identificados, estupros e roubos não solucionados, casos de agressão e assassinato. A outra coisa que ele odeia, embora de uma forma inteiramente diferente, é quando esses casos não resolvidos afinal são resolvidos, porque, quando velhas perguntas são respondidas, raramente é da forma que se desejaria." pag. 417

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1 comentários

  1. Ele contém algumas cenas fortes e um pouco de história torna-se muito interessante. Recentemente interessado em filmes e séries hipnose como este, ele vai fazer-me muito interessante, especialmente quando têm uma boa qualidade, como neste caso.

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